segunda-feira, 30 de junho de 2008

Instruir e Educar

José Siquara da Rocha*

Significados distintos pedem raciocínio

Aparentemente uma grande, enorme preocupação das pessoas, das entidades, dos governos, é Educar. Os candidatos políticos, no afã de conseguir eleitores e votos, têm como grande meta a Educação. A imprensa falada, escrita e televisada, falam constantemente em Educação, e queixas e informes se avolumam sobre verbas para... Educação.
Mas... só que, parece, ninguém se dá conta que o que se visa realmente é a instrução, e instruir não é educar. O homem instruído, erudito, culto, pode não ser educado. A instrução pode começar em casa, passa à escola, onde tem o seu trabalho básico, vai à Universidade, quando vai...
Mas a Educação, como se diz vulgarmente, vem do berço. E até, como hoje é de conhecimento mais ou menos corrente, começa no ventre materno. A mãe, os pais, já podem começar a educação do seu filhinho durante a gestação, com ele conversando, dispensando muito carinho e amor.
Instruir é uma coisa; educar é outra coisa e de muito mais valia e dificuldade, porque o homem se instrui, ganha conhecimento mais facilmente do que se educa. A educação, diga-se de logo, é construída de dentro para fora; o homem passa por um processo de auto-educação. É como a felicidade: vem de dentro; nada de fora nos torna felizes. O homem verdadeiramente educado é um homem feliz.
A instrução coleciona fatos, conhecimentos; a educação junta valores. Esses valores valorizam os fatos. A instrução facilita ao homem os meios necessários à sua vida profissional. A educação desenvolve no homem valores que nele existem potencialmente e que o transformam em um ser humano harmonioso e bom, em condições de ter paz interior e poder influenciar para que haja paz em seu redor... e mais além.
O homem evolve verdadeiramente quando tem em si instrução, conhecimento, educação e valores morais.
A grande missão, o grande trabalho de Jesus foi mostrar ao homem a sua origem divina (Vós sois deuses...), nele despertando valores, condições morais, o que era então quase desconhecido, executando-se os ensinamentos de Buda, Sócrates, Platão etc. etc. E Ele, Jesus, ainda hoje, é muito pouco compreendido.
Já no século XX Einstein dizia que a ciência e a técnica são muito importantes, mas não podem fornecer ao homem a exata finalidade de sua existência aqui no planeta. A ciência e a técnica lhe dão condição de descobrir fatos, podem dar conforto, saúde, prolongar a vida, mas não podem criar valores que influenciam dentro de nós, despertando o divino que lá está.
No processo educativo é necessário desenvolver em cada um a tolerância, a compreensão, a afabilidade, a generosidade, a fraternidade, o sentimento de justiça, o amor. E assim, todo o homem que é potencialmente bom, mostra então a sua bondade natural.
A presença da maldade é o resultado do não desenvolvimento desses valores. Ela existe e isso não se discute; mas pode deixar de existir, se houver aquela mudança interior, aquele tratamento. Tratamento sim, porque a maldade é doença que pode ser curada. O que existe pode deixar de existir.
Quem se propõe educar precisa, pois, ter conhecimento básico de que é necessário desenvolver no educando a compreensão de por que aqui estamos, da finalidade de cada existência, da importância de cada um de nós como co-criadores do cosmo, da própria responsabilidade em ser feliz e partícipe do bem estar geral.
O mundo será bem melhor na medida em que os homens se instruam e se eduquem. A Evolução se faz, queiramos ou não, mas é muito lenta.

*O autor é Bacharel em Ciências e Letras, Médico e professor de Esperanto. Tem livros publicados e atua no movimento espírita baiano.

Fonte: O Clarim – dez/2004

domingo, 29 de junho de 2008

Festas Juninas- São João e São Pedro


De acordo com a Igreja Católica, São João Batista nasceu no dia 24 de junho, de ano incerto, antes de Cristo. Seu nascimento foi considerado um milagre, porque seus pais - Zacarias e Isabel, parente de Maria, mãe de Jesus - já haviam passado da idade fértil. Segundo a Bíblia, João Batista teria como missão anunciar a chegada do Messias, Jesus.
Ficou conhecido pelas cerimônias que realizava no Rio Jordão, onde batizou Jesus. O local, que fica em território israelense, no Oriente Médio, é hoje visitado por milhares de turistas e devotos.
Em 29 de agosto de 29 d.C, João Batista foi degolado a mando do rei Herodes Antipas e a pedido de Salomé, filha de Herodíades. Diz a Bíblia, que João Batista criticou o casamento do rei com Herodíades, que era sua cunhada, e que, por isso, Salomé teria sido instigada pela mãe a pedir a cabeça de João Batista numa bandeja.
Conhecido pelos católicos como Príncipe dos Apóstolos, São Pedro (10 a.C – 67 d.C) nasceu na Galiléia e é considerado o primeiro Papa da Igreja Católica. Teve sua história registrada nos evangelhos de João, Lucas, Mateus e Marcos. Teria sido o escolhido de Jesus para propagar a fé cristã.
São Pedro foi preso pelo rei Agripa I e enviado a Roma, onde liderou uma comunidade religiosa que seria a base da Igreja Católica Romana. Teria sido executado por ordem de Nero. Acredita-se que está enterrado sob a Catedral Basílica de São Pedro, no Vaticano (Itália).
São Pedro é considerado um santo especial no Nordeste, por ser o santo que traz as chuvas da estação e "irriga" as plantações. Há uma crença popular que diz que se no dia de São Pedro, 29 de junho, chover, a colheita será farta.

Fonte:http://pessoas.hsw.uol.com.br/festas-juninas5.htm

sexta-feira, 27 de junho de 2008

100 anos da imigração japonesa


Neste mês de junho, mais especificamente no dia 18, comemora-se o centenário da chegada dos imigrantes japoneses a bordo do Kasato Maru.
Foram 165 famílias que saíram de áreas pobres do norte e do sul do Japão em busca de trabalho nas lavouras de café, base da economia brasileira na época. Muitas delas preferiram se instalar em São Paulo, pois já havia muitas colônias de imigrantes, outras decidiram seguir para as culturas de borracha, na Amazônia e de pimenta, no Pará.

Mesmo enfrentando grandes dificuldades, principalmente choque de culturas, a língua diferente, a religião e os costumes, muitos japoneses decidiram se fixar no Brasil, que atualmente, possui a maior concentração de japoneses fora do Japão.
Nosso país tem muito a agradecer aos bravos japoneses, que de maneira perseverante e firme, superaram os obstáculos e nos ajudaram, e ajudam, a construir uma pátria que tem orgulho de ser um belíssimo mosaico de etnias.

Atributos do Guerreiro

Guerreiro é aquele que visa o aprimoramento de si mesmo, todos nós somos guerreiros diante de determinadas situações, por isso, em determinados momentos, é ideal seguir os sábios ensinamentos dos mestres samurais.

Os atributos do guerreiro:
atenção
vontade
paciência
disciplina
auto-controle
senso de oportunidade

atenção: estar atento à tudo que puder, interno e externo, para evitar equívocos, ilusões.
vontade: decorre de saber o que se quer na vida ou da vida.
paciência: é saber esperar o momento certo de cada coisa
disciplina: é esforçar-se para atingir o que se deseja.
auto-controle: é não se deixar abater internamente diante das provações.
senso de oportunidade: é saber identificar o momento certo de cada coisa.

Castanheda


BUSHIDO ( A ALMA DO SAMURAI )

LEALDADE
RETIDÃO
HONRA
POLIDEZ
CORAGEM
MODÉSTIA
JUSTIÇA
REPARAÇÃO

BUSHIDO- THE SOUL OF JAPAN
TUKI PUBLISHING CO - 1914

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Professora de Português


01 - Professora de português não nasce; deriva-se.
02 - Professora de português não cresce; vive gradações.
03 - Professora de português não se movimenta; flexiona-se.
04 - Professora de português não é filha de mãe solteira; resulta de uma derivação imprópria.
05 - Professora de português não tem família; tem parênteses.
06 - Professora de português não envelhece; sofre anacronismo.
07 - Professora de português não vê tv; analisa o enredo de uma novela.
08 - Professora de português não tem dor aguda; tem crônica.
09 - Professora de português não anda; transita.
10 - Professora de português não conversa; produz texto oral.
11 - Professora de português não fala palavrão; profere verbos defectivos.
12 - Professora de português não se corta; faz hiato.
13 - Professora de português não grita; usa vocativos.
14 - Professora de português não dramatiza; declama com emotividade.
15 - Professora de português não se opõe; tem problemas de concordância.
16 - Professora de português não discute; recorre a proposições adversativas.
17 - Professora de português não exagera; usa hipérboles.
18 - Professora de português não compra supérfluos; possui termos acessórios.
19 - Professora de português não fofoca; pratica discurso indireto.
20 - Professora de português não é frágil; é átona.
21 - Professora de português não fala demais; usa pleonasmos.
22 - Professora de português não se apaixona; cria coesão contextual.
23 - Professora de português não tem casos de amor; faz romances.
24 - Professora de português não se casa; conjuga-se.
25 - Professora de português não depende de ninguém; relaciona-se a períodos por subordinação.
26 - Professora de português não tem filhos; gera cognatos.
27 - Professora de português não tem passado; tem pretérito mais-que-perfeito.
28 - Professora de português não rompe um relacionamento; abrevia-o.
29 - Professora de português não foge a regras; vale-se de exceções.
30 - Professora de português não é autoritária; possui voz ativa.
31 - Professora de português não é exigente; adota a norma padrão.
32 - Professora de português não erra; recorre a licença poética.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Aluno como sujeito ativo na construção de conhecimento

O conhecimento se dá atavés da interação do indivíduo com o mundo, em constantes processos de assimilação, acomodação e reorganização de dados.
Piaget mostra que o desenvolvimento se dá através da relação do aluno com o meio em que vive, o conhecimento é construído a partir da ação do sujeito sobre o objeto. Conhecer algo não significa parafrasear a realidade, o sueito deve ser capaz de observar e modificar o objeto, fazendo parte e compreendendo como se realizou todo o processo.
Para estimular o desenvolvimento dos alunos, deve-se considerar a individualidade e respeitar os níveis de desenvolvimento no que se refere a assimilação dos esquemas de elaboração mental.
O professor, no papel de orientador, deve apresentar atividades estimulantes para que o próprio aluno descubra os caminhos que o levam a ser mais criativo, conhecedor, participante e transformador da sua realidade.
A proposta piagetiana não estabelece métodos de ensino, mas elabora uma teoria de conhecimento, suas investigações são utilizadas em áreas como Psicologia, Pedagogia e Didática.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Amor, força criadora


Um professor de sociologia mandou seus alunos aos bairros pobres da cidade de baltimore, Estados Unidos, para realizar estudos de casos individuais de 200 garotos, fazendo uma avaliação do futuro de cada um deles.
Em todos os casos os estudantes fizeram a seguinte avaliação: "ele não tem a menor chance".
Passados 25 anos, outro professor de Sociologia dedicou-se ao estudo realizado. Pediu que seus alunos efetuassem novos estudos para verificar o que havia acontecido com aqueles garotos pobres.
Os estudantes descobriram então que, com exceção de 20 meninos que haviam se mudado ou morrido, 176 entre os 180 restantes, tinham alcançado sucesso fora do comum como advogados, médicos e homens de negócio.
O professor ficou surpreso e decidiu ir mais além na pesquisa.
Felizmente todos os garotos, que agora já eram homens, moravam na cidade. Assim ele teve condições de perguntar a cada um deles, a que atribuíam o seu sucesso.
Em cada caso a resposta era sempre a mesma: "houve uma professora..." E a resposta era acompanhada de um sincero sentimento de gratidão.
Como a professora ainda estava viva, resolveu procurá-la e perguntar que fórmula mágica ela havia usado para impulsionar aqueles garotos à conquista das profissões que tanto almejavam, superando os obstáculos impostos pela condição social.
A idosa, mas ainda lúcida senhora, com brilho nos olhos e nos lábios um sorriso gentil, respondeu: "É realmente muito simples. Eu amava aqueles garotos".
Como se pode perceber, não há barreiras capazes de deter a força do amor verdadeiro.
O amor é de essência divina, é força criadora.
Onde quer que esse sentimento sublime se faça presente espalha luz e bênçãos renovadoras.
Quando o amor se manifesta, dissemina luz onde as trevas teimam em permanecer.
Quem ama vence as dificuldades e supera os próprios limites, contagiando com a sua ação tantos quantos dele se acerquem.
Em nome do amor, Jesus suportou a cruz infamante para legar à humanidade Sua inconfundível Doutrina.
Contagiados pelo Seu amor, os cristãos primitivos desceram às arenas, sacrificando as próprias vidas para não abjurar o Sublime Amigo.
Foi por amor que muitos apóstolos enfrentaram a fúria dos homens, com bravura e coragem, para levar a boa nova aos corações sedentos de paz.
Em nome do amor, muitos anônimos como a professora de Baltimore, se entregam aos semelhantes fomentando a esperança e demonstrando, pelos próprios atos, que vale a pena investir na vida, e, sobretudo, no amor.
Em nome do amor fraternal, Madre Tereza superou obstáculos tidos como intransponíveis, para ajudar os irmãos de Calcutá, e fez-se respeitada no mundo inteiro.
São dela estas palavras:
"Espalhe amor onde quer que você vá: primeiro de tudo, em sua própria casa. Dê amor a seus filhos, sua esposa ou marido, para seu vizinho de porta."
"Não deixe ninguém vir a você sem partir melhor ou mais feliz."
"Seja a expressão viva da bondade de Deus: bondade em sua face, bondade em seus
olhos, bondade em seu sorriso, bondade em seu caloroso cumprimento.

Fonte: http://cehc.microdadosnet.com.br/ver_mensagens_espiritas.asp?p=1&onde=Mensagens%20Espíritas¬i=AMOR,%20FORÇA%20CRIADORA

terça-feira, 17 de junho de 2008

Conhecer gêneros textuais facilita leitura

Uma das habilidades relacionadas à leitura refere-se ao conhecimento do gênero textual ou gênero discursivo.
É importante desenvolvermos a consciência de como a linguagem se articula em ação humana sobre o mundo, constituindo-se assim em gênero textual. A formação de um leitor crítico envolve o conhecimento das relações sociais, formas de conhecimento veiculadas por meio de textos em diferentes situações de interação, a interação escritor-texto-leitor, a pluralidade de discursos e as possibilidades de organização do universo.
Podemos falar em gêneros variados que vão do cartão-postal e do telegrama ao texto científico e conto, fábula, anedota, poema, cartaz, crônica, email, receita, manual, ofício, charge etc.
São textos que circulam no mundo, que têm uma função específica, para um público específico e com características próprias. Aliás, essas características peculiares de um gênero discursivo nos permitem abordar aspectos da textualidade, tais como coerência e coesão textuais, impessoalidade, técnicas de argumentação e outros
aspectos pertinentes ao gênero em questão.
Sirlene Aparecida Aarão
Especial para a Folha de S. Paulo

O que são gêneros textuais?


Gêneros textuais são tipos específicos de textos de qualquer natureza, literários ou não. Modalidades discursivas constituem as estruturas e as funções sociais (narrativas, dissertativas, argumentativas, procedimentais e exortativas), utilizadas como formas de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser considerados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites, atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comédias, contos de fadas, convênios, crônicas, editoriais, ementas, ensaios, entrevistas, circulares, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, instruções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Como Virar o Copo?


Quando falamos em práticas pedagógicas, desde a perspectiva construtivista de Piaget, em que a criança é o agente do seu próprio saber; a teoria da zona de desenvolvimento proximal de Vigotsky, o espaço entre a capacidade que a criança tem de resolver problemas de forma independente e o seu nível potencial de desenvolvimento, ou qualquer outra proposta educacional, o saber só será construído através de um processo de dentro para fora.
A mente do ser humano não é um arquivo em que possamos, a revelia da pessoa, ir armazenando conhecimentos, a fim de que, quando necessário, o indivíduo possa consultá-lo e localizar em que pasta o assunto está guardado.
Até um computador para arquivar determinado trabalho requer de quem o manuseia seguir certos passos, necessários à operação. Para cada passo, temos que clicar o que o próprio computador ordena.
Assim é o ser humano. Ninguém aprende o que não quer. Para que a aprendizagem se faça, é necessário clicar o botão MOTIVAÇÃO.
No processo ENSINO/APRENDIZAGEM, nada é assimilado se o educando não quiser aprender e apreender. Por isso, nem tudo o que se ensina pode ser considerado aprendizagem. É como se a mente da pessoa fosse um copo que desejamos encher com a água do saber. Para que isto aconteça, necessário se faz colocá-lo com boca para cima, e isso nem sempre os educadores percebem.
Em vista disso, é necessário que, se queremos ser realmente educadores, teremos que seguir os seguintes passos:
SENSIBILIZAÇÃO. O educador tem que ter a arte de trabalhar os sentimentos dos educandos, sem o qual, haverá uma barreira entre o que se quer ensinar e a aprendizagem efetiva, o que só será conseguido por um processo de empatia.
COMUNICAÇÃO. Estabelecido o processo de empatia, isto é, retraimento de sensações, emoções e comportamentos relativos a outra pessoa, numa tendência para aceitar um conteúdo, o canal receptor estará aberto para que a comunicação se estabeleça, sem que as interferências externas ou internas prejudiquem a qualidade da mensagem.
ASSIMILAÇÃO. Se o educando estiver curioso e seduzido ante os diversos tipos de saberes, todos os bloqueios estarão desfeitos e o educador terá condições de acessar as regiões da mente do seu educando e, com isso, estabelecer a relação ensino/aprendizagem.
APLICAÇÃO. Os saberes só serão construídos se o educando ver aplicabilidade neles. Em função disso, o educador terá sempre que relacionar o que quer ensinar com uma utilidade, estabelecendo relações entre os conteúdos e o dia-a-dia do aluno.
Se o que se quer é uma pessoa que seja capaz de questionar, ser crítica, sem ser mordaz, ver no ato de aprender motivações para que seja feliz, exercendo a cidadania de forma consciente, uma EDUCAÇÃO verdadeira só será aquela que consiga atingir esses objetivos.
O professor ou qualquer pessoa responsável pelo ato de educar tem que ser o artesão desse processo, fazendo com que o educando coloque o "copo do saber" de boca para cima.
Lydiênio Barreto de Menezes

Fonte: http://www.terraespiritual.locaweb.com.br/espiritismo/artigo317.html

A Evidência


Ainda que pasmem os leitores, ainda que não acreditem e passem, doravante, a chamar este escritor de mentiroso e fátuo, a verdade é que, certo dia que não adianta precisar, entraram num restaurante de luxo, que não me interessa dizer qual seja, um ratinho gordo e catita e um enorme tigre de olhar estriado e grandes bigodes ferozes. Entraram e, como sucede nas histórias deste tipo, ninguém se espantou, muito menos o garçon do restaurante. Era apenas mais um par de fregueses. Entrados os dois, ratinho e tigre, escolheram uma mesa e se sentaram. O garçon andou de lá prá cá e de cá prá lá, como fazem todos os garçons durante meia hora, na preliminar de atender fregueses mas, afinal, atendeu-os, já que não lhe restava outra possibilidade, pois, por mais que faça um garçon, acaba mesmo tendo que atender seus fregueses. Chegou pois o garçon e perguntou ao ratinho o que desejava comer. Disse o ratinho, numa segurança de conhecedor - "Primeiro você me traga Roquefort au Blinnis. Depois Couer de Baratta filet roti à la broche pommes dauphine. Em seguida Medaillon Lagartiche Foie Gras de Strasbourg. E, como sobremesa, me traga um Parfait de biscuit Estraguèe avec Cerises Jubilée. Café. Beberei, durante o jantar, um Laffite Porcherrie Rotschild 1934.


— Muito bem - disse o garçon. E, dirigindo-se ao tigre — E o senhor, que vai querer?

— Ele não quer nada — disse o ratinho.

— Nada? — tornou o garçon — Não tem apetite?

— Apetite? Que apetite? — rosnou o ratinho enraivecido — Deixa de ser idiota, seu idiota! Então você acha que se ele estivesse com fome eu ia andar ao lado dele?

MORAL: É NECESSÁRIO MANTER A LÓGICA MESMO NA FANTASIA.

Millôr Fernandes
Millôr Fernandes, ou Emmanuel Vão Gôgo, nosso grande humorista, pensador, chargista, tradutor, escritor, teatrólogo, jornalista, pintor, é figura indispensável quando se fala de inteligência nacional.

Texto extraído do livro “Fábulas fabulosas”, José Álvaro, Editor — Rio de Janeiro, 1964, pág. 89.

domingo, 15 de junho de 2008

Mensagem

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¸.·´ se pensarmos pequeno...
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`·.¸ ) mas se desejarmos fortemente o melhor
¸.·)´ e principalmente lutarmos pelo melhor...
(.·´ o melhor vai se instalar em nossa vida.
*´¨) porque sou do tamanho daquilo que vejo.
( `·.¸ e não do tamanho da minha altura.
¸.·´
*´¨) fernando pessoa
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sexta-feira, 13 de junho de 2008

Viva Santo Antônio!


Pegue sua vela, pingue dentro d’água, veja a letra que vai formar e vá pro arraiá procurar o seu par. Se deu certo comigo, vai dar certo com você também.
Hoje é dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro que inicia as festividades do mês de junho, nasceu em Lisboa em 15 de agosto de 1195, e recebeu no batismo o nome de Fernando. Ele era o único herdeiro de Martinho, nobre pertencente ao clã dos Bulhões y Taveira de Azevedo. Sua infância foi tranqüila, sem maiores emoções, até que resolveu optar pelo hábito. A escolha recaiu sobre a ordem de Santo Agostinho.
Os primeiros oito anos de vida do jovem frei, passados nas cidades de Lisboa e Coimbra, foram dedicados ao estudo. Nesse período, nada escapou a seus olhos: desde os tratados teológicos e científicos às Sagradas Escrituras. Sua cultura geral e religiosa era tamanha que alguns dos colegas não hesitavam em chamá-lo de "Arca do Testamento".
Reservado, Fernando preferia a solidão das bibliotecas e dos oratórios às discussões religiosas. Bem, pelo menos até um grupo de franciscanos cruzar seu caminho. O encontro, por acaso, numa das ruas de Coimbra marcou-o para sempre. Eles eram jovens diferentes, que traziam nos olhos um brilho desconhecido. Seguiam para o Marrocos, na África, onde pretendiam pregar a Palavra de Deus e viver entre os sarracenos.
A experiência costumava ser trágica. E daquela vez não foi diferente. Como a maioria dos antecessores, nenhum dos religiosos retornou com vida. Depois de testemunhar a coragem dos jovens frades, Fernando decidiu entrar para a Ordem Franciscana e adotar o nome de Antônio, numa homenagem à Santo Antão. Disposto a se tornar um mártir, ele partiu para o Marrocos, mas logo após aportar no continente africano, Antônio contraiu uma febre, ficou tão doente que foi obrigado à voltar para a casa. Mais uma vez, os céus lhe reservava novas surpresas. Uma forte tempestade obrigou seu barco a aportar na Sicília, no sul da Itália. Aos poucos, recuperou a saúde e concebeu um novo plano: decidiu participar da assembléia geral da ordem em Assis, em 1221, e deste modo conheceu São Francisco pessoalmente.
É difícil imaginar a emoção de Santo Antônio ao encontrar seu mestre e inspirador, um homem que falava com os bichos e recebeu as chagas do próprio Cristo. Infelizmente, não há registros deste momento tão particular da história do Cristianismo. Sabe-se apenas que os dois santos se aproximaram mais tarde, quando o frei português começou a realizar as primeiras pregações. E que pregações! Santo Antônio era um orador inspirado. Suas pregações eram tão disputadas que chegavam a alterar a rotina das cidades, provocando o fechamento adiantado dos estabelecimento comerciais.De pregação em pregação, de povoado em povoado, o santo chegou a Pádua. Lá, converteu um grande número de pessoas com seus atos e suas palavras. Foi para esta cidade que ele pediu que o levassem quando seu estado de saúde piorou, em junho de 1231. Santo Antônio, porém, não resistiu ao esforço e morreu no dia 13, no convento de Santa Maria de Arcella, às portas da cidade que batizou de "casa espiritual". Tinha apenas 36 anos de idade.
O pedido do religioso foi atendido dias depois, com seu enterro na Igreja de Santa Maria Mãe de Deus. Anos depois, seus restos foram transferidos para a enorme basílica, em Pádua. O processo de canonização de frei Antônio encabeça a lista dos mais rápidos de toda a história. Foi aberto meses depois de sua morte, durante o pontificado de Papa Gregório IX, e durou menos de ano.
Graças a sua dedicação aos humildes, Santo Antônio foi eleito pelo povo o protetor dos pobres. Transformou-se num dos filhos mais amados da Igreja, um porto seguro a qual todos – sem exceção – podem recorrer. Uma das tradições mais antigas em sua homenagem é, justamente, a distribuição de pães aos necessitados e àqueles que desejam proteção em suas casas.
Homem de oração, Santo Antônio se tornou santo porque dedicou toda a sua vida para os mais pobres e para o serviço de Deus.
Diversos fatos marcaram a vida deste santo, mas um em especial era a devoção a Maria. Em sua pregação, em sua vida a figura materna de Maria estava presente. Santo Antônio encontrava em Maria além do conforto a inspiração de vida.
O seu culto, que tem sido ao longo dos séculos objeto de grande devoção popular é difundido por todo o mundo através da missionação e miscigenado com outras culturas (nomeadamente Afro-Brasileiras e Indo-Portuguesas).
Santo Antônio torna-se um dos santos de maior devoção de todos os povos e sem dúvida o primeiro português com projeção universal.
De Lisboa ou de Pádua, é por excelência o Santo "milagreiro", "casamenteiro", do "responso" e do Menino Jesus. Padroeiro dos pobres é invocado também para o encontro de objetos perdidos.
Sobre seu túmulo, em Pádua, foi construída a basílica a ele dedicada.
Associadas a imagem de Santo Antônio e a sua figura de santo casamenteiro, existem diversas simpatias pra quem deseja encontrar sua metade como, por exemplo, colocar o santo de cabeça pra baixo até conseguir um marido entre outras.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Feliz Dia dos Namorados



AMOR É SÍNTESE
Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.

Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeito amor.
Mário Quintana

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Amor Eterno- Gaby e Wallace



Amor, Loucuras e Devaneios
(Carta a Gabi)

Do mais belo jardim,
Surgiste como uma deusa.
Deusa do amor e da beleza
A Vênus em pessoa.

Eu, simples expectador
De uma beleza inerente
E pura...
Sempre procurei da melhor forma,
Dos melhores ângulos,
Apreciar-te o sorriso.
Sorriso este que,
Apesar de tímido e calado,
Conquista os mais descompassados corações.
As mais gélidas palavras.

Amo-te como nunca amei alguém.
Choro por ti como ingênua criança.
Desejo-te inteiramente,
De corpo e alma.
Pois perfeita e graciosa és,
Sem os devaneios que o mundo proporciona.

Não pretendo, eu, com isto
Conquistar-lhe a alma.
Apenas, sem rodeios, o teu coração
Se ele ainda for livre,
Sem condutor, nem condução.
Se isto é pedir demais
Dê-me a mais bela das flores
Para que dela eu possa extrair
O teu perfume cobiçado.

Com muito amor e carinho,
Wallace Charlles

06/09/2001

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Atmosfera Interior

Há algum tempo, observo o comportamento dos jovens de nossa época.
Olho sob o ponto de vista de alguém que aos vinte e três anos já está com a vida encaminhada, casada, tem uma filhinha linda e é bem sucedida profissionalmente, alguém que soube fazer as escolhas certas.
Falo como quem saiu da adolescência e já entrou de cabeça na vida adulta sem muitos choques, e não como aqueles que têm idéias antiquadas e só se manifestam para fazer críticas, simplesmente porque "Narciso acha feio o que não é espelho."
Para ilustrar, trago uma definição do que é o período da adolescência através do poema a seguir:

Adolescência
Há no ar um teor de expectação,
Borbulhar de emoções imprevisíveis:
Vários níveis de amores... e desníveis...
Idas e vindas: jovem coração

Preso em mil barreiras intransponíveis.
Muitos amigos, rios de solidão,
Mal-entendidos, chances de perdão,
Prisões de orgulho e celas tão terríveis

Que libertar-se delas é sofrer!
Mas sofrimento também faz crescer...
E o orgulho sucumbindo à humildade

Cultivará nos outros a esperança
De que deixaste os erros de criança
E agora tens responsabilidade...
________________________________________
Existe período mais confuso, mais complicado que a adolescência? Se existe, ainda não passei por ele!
A adolescência é tão crítica que até escrever sobre ela é muito difícil... São Paulo, SP
Ederson Peka
15/09/2004

Fonte: http://sitedepoesias.com.br/poesias/758

quarta-feira, 4 de junho de 2008

As Variações da Língua


“Pois é. U purtuguêis é muito fáciu di aprender, purqui é uma língua qui a genti iscrevi ixatamenti cumu si fala. Num é cumu inglêis qui dá até vontadi di ri quandu a genti discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. Im portuguêis, é só prestátenção. U alemão pur exemplu. Qué coisa mais doida? Num bate nada cum nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si iscrevi muito diferenti. Qui bom qui a minha lingua é u purtuguêis. Quem soubé falá, sabi iscrevê.”
Jô Soares, revista veja, 28 de novembro de 1990.

Uma definição geral sobre a variação lingüística torna-se necessária para um melhor aproveitamento dos textos inicialmente postos.
Podemos entender por dialeto as variações de pronúncia, vocabulário e gramática pertencentes a uma determinada língua. Os dialetos não ocorrem somente em regiões diferentes, pois numa determinada região existem também as variações dialetais etárias, sociais, referentes ao sexo masculino e feminino e estilísticas.
Como exemplo de variação regional, encontramos certas palavras possuindo significados que necessitam de “tradução”, caso de “pastelaria” significando para os brasileiros o lugar onde se vende pastel de carne, queijo e palmito basicamente. Em Portugal vamos à pastelaria comprar pães doces, bolinhos e outras guloseimas do gênero. Um carro velho e muito usado é apelidado de “chocolateria” em Portugal, mas no Brasil não se usa esse termo.
Na cidade de Campinas, um fato interessante merece ser mencionado: As pessoas que vieram de diferentes regiões para essa cidade, convivem entre si e entre os “nativos”, promovendo um “intercâmbio” de dialetos regionais. Esse tipo de fato pode gerar mudanças no dialeto do campineiro.
Existem dialetos que evidenciam o nível social ao qual pertence um indivíduo. Os dialetos mais prestigiados são das classes mais elevadas e o da elite é tomado não mais como dialeto e sim como a própria “língua”. A discriminação do dialeto das classes populares é geralmente baseada no conceito de que essa classe por não dominar a norma padrão de prestígio e usar seus próprios métodos para a realização da linguagem, “corrompem” a língua com esses “erros”. No entanto, as transformações que vão acontecendo na língua se devem também à elite que absorve alguns termos de dialetos de classes mais baixas, provocando uma mudança lingüística, e aí o “erro” já não é mais erro... e nesse caso não se diz que a elite “corrompe” a língua.
A camada mais jovem da população usa um dialeto que se contrasta muito com o usado pelas pessoas mais idosas. Os jovens absorvem novidades e adotam a linguagem informal, enquanto os idosos tendem a ser mais “conservadores”. Essa falta de conservadorismo característica no dialeto dos jovens costuma trazer mudanças na língua. Algumas gírias usadas por jovens da década de setenta no entanto não entraram na língua e são hoje em dia raramente usadas como “pisante” para sapato ou “cremilda” para dentadura. A palavra “legal” entretanto, foi aceita e hoje é usada amplamente na linguagem informal, abrangendo todas as faixas etárias.
Esses exemplos comprovam o fato de que nem tudo que é novo e diferente irá se efetivar numa língua, podendo alguns vocábulos simplesmente ir desaparecendo e outros continuarem existindo dentro de um determinado dialeto, ou até abranger seu uso por outros, sem necessariamente cobrir todos os dialetos existentes nessa língua.
As mulheres possuem algumas peculiaridades no uso da língua e os homens possuem outras. Para exemplificar essas variações referentes ao sexo observamos os diminutivos como “bonitinho”, “gracinha”, “menininha”, sendo usados mais pelas mulheres e aumentativos de nomes próprios como “Carlão” e “Marcão” sendo mais usados por homens.
Dependendo do ambiente em que o indivíduo se encontra, ele usará a linguagem coloquial, formal ou informal e essa diferença de tratamento faz parte da variação estilística.
Por último, o dialeto falado também se difere do dialeto escrito.
Alguns dialetos são usados com diferentes sotaques regionais como ocorre na norma culta da língua portuguesa. Os sotaques então, não podem ser confundidos com dialeto, pois o que caracteriza o sotaque é apenas a diferença de pronúncia dos falantes.
“A questão é que certas diferenças fonéticas entre sotaque podem ser estigmatizadas pela sociedade, da mesma forma como certas diferenças lexicais e gramáticas entre os dialetos o são. O sotaque e o dialeto de uma pessoa varia sistematicamente segundo a formalidade ou informalidade da situação em que se encontra. ( Linguagem e lingüística. Uma introdução - John Lyons).”
A partir das definições dadas, várias curiosidades encontradas no texto poderão ser descritas neste trabalho.
A transcrição da fala mostrou que os falantes usam a variante “culta” da língua, porém a variante informal e com características próprias da fala. Mas essas transcrições, podem gerar problemas se levarmos em conta os sotaques usados pelos diversos falantes de uma mesma variante. Alguma palavra poderia ser transcrita de acordo com o sotaque de um determinado falante. Um carioca por exemplo transcreveria “poix é”, diferentemente de um paulista, que usaria “pois é”. Em conseqüência, a transcrição seria lida de forma diferente também. A língua escrita, seja ela formal ou informal possui certas normas gramaticais que facilitam a leitura de qualquer falante. As transcrições fonéticas seriam mais adequadas para melhor diferenciarmos os diferentes tipos de sotaques existentes.
As pessoas que não dominam a escrita como ela é ensinada na escola, tendem a colocar na escrita os traços da fala. Uma característica facilmente encontrada nos textos que diferem a escrita da fala atualmente é o uso de “u” e “i”, no lugar de “o” e “e”. Esse aspecto pode significar uma mudança em andamento na língua. Entretanto não seria correto dizer que essa mudança irá chegar à escrita devido a força que as gramáticas normativas adquiriram na imposição do que é “correto” na língua escrita.
A fala possui algumas peculiaridades que não são encontradas na escrita, e são referentes à funcionalidade e outros fatores que a escrita usa do outro modo para se fazer entender.
É compreensível que as pessoas que não observam com atenção o funcionamento da língua, possam fazer afirmações como: “O português é muito fácil de aprender porque é uma língua que a gente escreve como se fala.” O fato é que freqüentemente não nos damos conta que a mente produz as decodificações necessárias para a compreensão imediata e perfeita da língua. E é claro que aquelas transcrições foram feitas propositalmente, para que se torne mais claro que a linguagem é muito mais complexa do que imagina-se com certa freqüência.

Ana Cláudia Fernandes Ferreira